sexta-feira, 24 de maio de 2013

Capítulo 17



FUSHIGI YUUGI DOKI!
Capítulo 17 – Algo de Embaraçoso [by Sophie Lestrange]
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            Estava sentada a falar com a Lizzy. Ela era uma rapariga muito agradável de se falar com e uma boa companhia para passar os dias com. As coisas estavam a acontecer relativamente rápido ... Com que então "a" Nuriko era na verdade um homem? Essa sim tinha me espantado ... mas vá, não é como se não conhecesse o fenómeno travesti, apesar de que o do Nuriko fora um dos mais convincentes que eu vira! Ele ( ou ela? não sei como ele/ela prefere que o chamemos ... ) era uma rapariga mesmo muito bonita e espantou-me descobrir que era na verdade um homem.
            Mas vá, isso não era o mais importante neste momento. Já tínhamos encontrado dois Suzaku Seven, só faltavam mais cinco !
            - Bem, Nuriko, tu és bem forte, não? Como é que tu conseguiste levantar todas aquelas rochas e salvar-nos? - perguntou a Lizzy. Sim, eu também estava um bocado intrigada quanto a isso. Nuriko não tinha assim um grande porte, os seus braços não eram assim muito musculados ( pelo menos não o suficiente para levantar tantas pedras ) e tinha uma figura andrógina.
            - Ah ... bem ... - Nuriko olhou um bocado para a Shiori e depois suspirou - Pronto ... aqui vai.
            Ele fez sinal para que pusessemo-nos todas no mesmo sofá. Não percebi porquê, mas assim o fizemos. Ele depois tirou a t-shirt, não percebi porquê, mas nenhuma de nós se queixou. Tinha até um corpinho bem jeitoso, uns bons bíceps e uns bons abdominais. Para quem se vestia de mulher, ele até tinha um corpo bem bom.
            Ele pôs as mãos debaixo do sofá e sorriu para nós, mas especialmente para a Shiori. Depois, levantou aquilo facilmente, fazendo connosco rodopios no ar.
            Quando pôs-nos no chão, conseguimos reparar numa marca no peito dele. Ele também era um dos Suzaku Seven.

*

            A Poppy estava bastante corada. O Imperador tinha caído em cima dela, por acidente, quando tinha a tentado ajudar a levantar-se quando esta mesma tinha se caído. O problema não era somente o facto dela estar por baixo do Imperador ( por muito porco que isto possa soar ), mas sim o facto de a) ele estar completamente nu da cintura para cima, com aquele cabelo maravilhoso a cobrir-lhe o torso e b) ele estar com a mão esquerda dele num dos seus seios.
            Poppy sabia que ele não tinha feito isso de propósito e que tinha acontecido simplesmente porque ele tinha caído com as mãos nessa posição e calhou de uma delas ter parado num sítio mais indecente. Ela conseguia sentir o seu perfume, e alguns dos seus cabelos a caírem pela cara dela.
            - Eh ... desculpa. - disse o Hotohori, sorrindo enquanto colocava algum do seu cabelo para trás, com a mão esquerda,  contudo, sem sair da sua posição original.
            A loira não conseguia falar, sabia que se tentasse dizer alguma coisa iria sair ou porcaria ou algo extremamente gaguejado. Por alguma razão, ela tinha preferido que a mão do Hotohori ( um rapaz que até há muito pouco tempo ela não gostava nada, detestava até ) tivesse permanecido no sítio onde estava.
            Hotohori não se conseguia controlar por muito mais tempo. Aquela rapariga, a Sacerdotisa de Suzaku, a rapariga com a qual ele tinha sonhado durante tantos anos, a rapariga que ele dissera que queria casar quando era mais novo, estava ali, por debaixo dele, completamente corada, e sem parecer com vontade de sair daquela posição. Bem, ele também não estava. Decidiu inclinar um bocado a cabeça e ver qual seria a reacção. Sorriu um bocado, fazendo-a corar ainda mais. Beijou-a uma e outra vez, sem intervalos entre estes. Começou a tirar a camisa da rapariga, deixando-a apenas com a roupa interior. Ela instintivamente levou as mãos aos seios. Não é que estivesse inconfortável com o seu corpo ( vá, ela tinha que admitir, tinha umas mamas relativamente jeitosas e não tinha gordura em sítios indesejados ), mas vê-lo, a olhar assim para ela, com o desejo entranhado nos seus olhos, fazia a sentir-se um bocado inconfortável.
            - Vá, não é nada que eu já não tivesse visto, né? - ele perguntou, o que a fez corar ainda mais, como se fosse um tomate.
            - Cala-te! - ela disse, dando-lhe um murro na barriga o que fez com que ele sorrisse ainda mais. - Tu pensas que só porque eu deixo que tu me toques e que vejas o meu corpo que é bem jeitoso, não quer dizer que possas fazer comentários parvos e ...
            Ele calou-a com outro beijo o que fez com que ela tentasse-se empurrar dele, sem sucesso ( e sem muita vontade também ). Quando o Imperador já estava a desapertar o soutien dela, o que estava a tornar-se relativamente difícil, porque ele nunca vira nada do género, ouviu alguém a bater à porta. Eram os guardas do palácio pela certa.
            - Quê que será que eles querem? - perguntou o Hotohori.
            - Uh, não sei.
            Sem mais nenhum aviso, os guardas entraram no quarto, deparando-se com aquela "visão de primavera".
            - Ah, desculpe senhor! - disse um.
            - Ya, não sabíamos que estava ocupado, vínhamos para avisar que o senhor tem agora uma reunião e ...
            - Não se preocupem ... - disse a Poppy, pegando na sua camisa e, depois de vesti-la, colocando-se à beira da porta - Eu ... Eu já estou de saída.

*
            Estávamos todos no palácio. Já tínhamos dito ao Imperador que o Nuriko era um dos Suzaku Seven, notícia que este recebeu com algum espanto. Bem, três já estavam, só faltavam outros quatro. Até que isto nem estava a ser difícil, né? Estávamos todas fartas desta caca a que eles chamam Konan.
            - Né, né ... - disse a Sakie, olhando em torno. - Vamos voltar ao mundo humano?
            - Bora! - disse a Poppy - Estou farta deste sítio! Mas vamos fazer o quê?
            - Bem ... - disse - Há uma piscina lá na nossa cidade. Porquê que não vamos lá?
            Todas responderam com agrado e decidimos trazer os rapazes connosco. Qual era o mal de levarmo-los à piscina também?
           
*
            Quando chegamos ao mundo humano, compramos alguns biquinis e uns calções para os rapazes e seguimos para a piscina. Tínhamos vindo as raparigas todas, juntamente com a sua alteza o Imperador Chapéu Feio ( que até era uma peça bem jeitosa com roupas normais e sem o chapéu ), o Idiota do Dinheiro, o Travesti In Denial, o Tasuki, o Yukito, o Arata e o Toru. Estava com saudades de nadar, de sentir o meu cabelo a molhar-me as costas quando saía desta.
            Começamos a brincar todas na água, mandando água umas para as outras, brincando com as bolas, comentando nos gajos bons que passavam ao lado de nós.
            Os rapazes estavam a sair-se bem até, nem tinham feito nada de mau, não estavam a freakar. Exceptuando o Nuriko, que, vendo tantos biquinis giros, sentia-se mal por não estar a usar um e ter sido obrigado a usar uns calções horrorosos!
Bem, não é que fossem MUUUITO horrorosos, eram decentes até. Tinham umas florzinhas e sei lá mais o quê. Gay o suficiente para ele, posso dizer.
            Tropecei lá na água, acabando por cair para baixo, e, por conseguinte, a ser salva pelo Tamahome. Não posso dizer que tenha corado, mas os braços dele estavam-me a ser bastante confortáveis.
            - Uh ... Obrigada. - disse, separando-me dele logo de seguida. Sentamo-nos a falar durante algum tempo. - Então, que estás a achar disto?
            - É, um sítio giro.
            Uma rapariga pequenina veio à beira dele, dizendo que tinha perdido a pulseira dela e se ele podia ajudá-la. Ele acabou por atirar-se de imediato para a água para procurar a pulseira, encontrando-a alguns minutos depois. Ele deu à criança, que lhe retribui o favor com um beijinho na bochecha.
            - Tens jeito para as crianças ... - disse, sorrindo.
            - Ya ... Tenho quatro irmãos, sabes? - ele disse, sorrindo enquanto olhava para a pequena que tinha voltado a ir brincar com os seus amigos.
            - Não, não sabia. - ri-me um bocado - Não pareces do género de irmão mais velho atencioso.
            Continuamos a falar durante um bocado, ele começou a atirar-me água para a cara e eu ria-me, acabando por empurrar-lhe para a piscina também.

            *
            O Hotohori estava farto daquele sítio de pessoas feias. É que para além de horrorosas, pindéricas, odiosas, e mais alguns insultos acabados em "as" o problema fora o que tinha acontecido de seguida.
            Lá estava o senhor Imperador, com o seu cabelo até ao cu, andando pela berma da piscina, olhando o seu reflexo belo na água, quando sentira alguém a passar-lhe a mão pelo rabo. O Imperador, escandalizado, olhou para trás e viu um rapaz que ainda estava mais apavorado do que ele ao ver que este era um homem.
            - OH SEU FEIO DO CARAÇAS, QUEM ACHAS QUE ÉS TU PARA ANDARES AÍ A METER-ME A MÃO NO RABO, SEU PANISGAS DE UMA FIGA? EU SOU DEMASIADO BELO PARA TI, BONITO ATÉ DIZER CHEGA, O MISTER KONAN ANO DO RATO! POR ISSO, ESPERO QUE TU METAS ESSA TUA CARA HORRIPILANTE DAQUI PARA FORA E DEIXES-ME A MIM E AO MEU RABO QUE VALE MILHÕES EM PAZ!
            Toda a gente começou a olhar para o Hotohori, alguns esboçando um sorriso, outros completamente escandalizados. O pobre coitado do rapaz ( sim, até que, de trás, era algo aceitável confundir o Hotohori com uma mulher ), cheio de medo, fugira de lá a sete pés.
            A Poppy aproximara-se do Hotohori, rindo-se que nem uma louca.
            - Então, Miss Cabelo belo, como está? A menina quer provar um chá, ou algo do género? E esse seu traseiro? Confortável? Espero que não esteja infectado com germes de pessoas feias, né ... pode cansar a beleza da menina ...
            Hotohori nada disse, apenas olhando para a loira à sua frente.
            Depois, uma criança passou por de trás, acabando por puxar, sem querer, o fio de trás da parte de cima do biquini. Por conseguinte, então, ficou completamente topless, o que fez com que o rapaz à sua frente olhasse-a de cima abaixo, sorrindo.
            - Vá, agora sim já vi algo de novo, né?

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